BRASIL, O PAÍS DO JIU-JITSU!

Se engana quem pensa que o Brasil é só o país do futebol, pelo contrário, ele é o país do Jiu-Jitsu também.

A família Gracie foi a responsável por disseminar o Jiu-Jitsu em diferentes regiões do Brasil.

Nos anos 80, a escola Gracie Barra foi fundada. O Jiu-Jitsu teve um grande foco em campeonatos e a Equipe de Carlson Gracie, ganhava a maioria das competições. O Mestre Carlos Gracie Jr. ficou animado com a fundação de uma escola à altura do legado de seu irmão Rolls, aceitando o desafio de formar uma equipe de jovens lutadores de Jiu-Jitsu, que aos poucos, tomaria a hegemonia de Carlson e dominaria o cenário competitivo a partir dos anos noventa. Seu desejo era realizar isso sem perder de vista a sua filosofia pessoal, desenvolvida a partir de ensinamentos de seu pai, e ele conseguiu. O Mestre Carlos, via o Jiu-Jitsu como forma de ajudar qualquer pessoa que estivesse em busca de atingir seu potencial e ensinar tanto os mais talentosos quanto os mais dedicados, por acreditar que todos acabariam naturalmente se tornando grandes atletas. E era exatamente, o que acontecia. Pessoas

de diversas áreas, idades e formações, participavam dos campeonatos mais difíceis a serem batidos, todos produzidos pela Gracie Barra.
Enquanto, Carlos e Hélio que faziam parte da primeira geração de lutadores da Família Gracie, permaneceram no Rio de Janeiro, durante grande parte de suas carreiras de professores, Oswaldo e George se mudaram para outros estados e abriram suas próprias filiais da Escola Gracie. Com o tempo cada uma delas formaram novos professores, que continuaram transmitindo o conhecimento do Jiu-Jitsu. Esse processo se manteve por tempos, sendo acelerado quando a segunda geração da Família Gracie abriu novas escolas, principalmente Rolls e Carlson, nos anos 70. Nas últimas décadas do século 20, a maioria das competições acontecia no Rio de Janeiro, sob a tutela da Federação de Jiu-Jitsu do estado. Os campeonatos dos anos 70 e 80, tinham o propósito de estimular o comprometimento dos alunos com os treinamentos, com o aprendizado e com a superação na arte do Jiu-Jitsu. Em 1.994, Carlos Gracie Junior, conseguiu apoio para a fundação da Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu. A CBJJ uniformizou as regras das competições e promoveu o primeiro Campeonato Brasileiro.
Nos anos 90, Rorion Gracie realizou o primeiro UFC. Todos ficaram chocados quando Royce Gracie, mais leve e aparentemente fraco, derrotou todos os seus adversários basicamente no chão, utilizando de estrangulamentos e chaves em articulações para fazer seus oponentes desistirem da luta. Foi aí que os outros lutadores perceberam que se não soubesse Jiu-Jitsu Brasileiro, tudo o que sabiam de luta não adiantaria contra um lutador de Jiu-Jitsu. Surgiu então, a chamada "Revolução do Jiu-Jitsu Brasileiro" na artes marciais.
Em 2000, houve um impacto no universo das artes marciais com a "Revolução do Jiu-Jitsu", sendo assim a procura do ensino do Jiu-Jitsu aumentou no mundo todo. Vários Faixas-Pretas de Jiu-Jitsu Brasileiro, foram convidados para dar seminários em diversos países a pessoas que nunca tinham ouvido falar desse estilo de luta e estavam curiosas para conhecer melhor. 
Daí pra frente, os professores Faixas-Pretas só contribuíram para a globalização do nosso esporte.